
As palavras e as coisas:
uma arqueologia das ciências humanas,
de Michel Foucault
texto original do livro ‘As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas, de Michel Foucault,
formatado de modo a facilitar a leitura.
Prefácio
Prefácio 1 – A ideia que deu origem ao livro ‘As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas A figura ao lado dá
Cap. I. Las Meninas
Capítulo I. Las Meninas Las meninas, de Diego Velázquez, 1656; óleo sobre tela; Museu do Prado, Madrid, Espanha I O pintor está ligeiramente afastado do
Capítulo II – A prosa do mundo
I. As quatro similitudes
Capítulo II. A prosa do mundo; tópico I. As quatro similitudes Até o fim do século XVI, a semelhança desempenhou um papel construtor no saber
II. As assinalações
Capítulo II. A prosa do mundo; tópico II. As assinalações E, no entanto, o sistema não é fechado. Subsiste uma abertura: por ela, todo o
III. Os limites do mundo
Capítulo II. A prosa do mundo; tópico III. Os limites do mundo Tal é, em seu esboço geral, a epistémê do século XVI. Essa configuração
IV. A escrita das coisas
Capítulo II. A prosa do mundo; tópico IV. A escrita das coisas No século XVI, a linguagem real não é um conjunto de signos independentes,
V. O ser da linguagem
Capítulo II. A prosa do mundo; tópico V. O ser da linguagem Desde o estoicismo, o sistema dos signos no mundo ocidental fora ternário, já
Capítulo III – Representar
I. Dom Quixote
Capítulo III. Representar; tópico I. Dom Quixote Miguel de Cervantes, 1547-1616 Dom Quixote em sua biblioteca Com suas voltas e reviravoltas, as aventuras de Dom
II. A ordem
Capítulo III. Representar; tópico II. A ordem Não é fácil estabelecer o estatuto das descontinuidades para a história em geral. Menos ainda, sem dúvida, para
III. A representação do signo
Capítulo III. Representar; tópico III. A representação do signo Que é um signo na idade clássica? Pois o que mudou na primeira metade do século
IV. A representação reduplicada
Capítulo III. Representar; tópico IV. A representação reduplicada No entanto, a mais fundamental propriedade dos signos para a epistémê clássica não foi enunciada até o
V. A imaginação da semelhança
Capítulo III. Representar; tópico V. A imaginação da semelhança Eis, pois, os signos, libertos de todo esse fervilhar do mundo onde o Renascimento os havia
VI. Máthêsis e Taxinomia
Capítulo III. Representar; tópico VI. Máthêsis e Taxinomia Projeto de uma ciência geral da ordem; teoria dos signos analisando a representação; disposição em quadros ordenados
Capítulo IV – Falar
I. Crítica e comentário
Capítulo IV. Falar; tópico I. Crítica e comentário A existência da linguagem na idade clássica é a um tempo soberana e discreta. Soberana, pois que
II. A gramática geral
Capítulo IV. Falar; tópico II. A gramática geral Uma vez elidida a existência da linguagem, subsiste na representação apenas seu funcionamento: sua natureza e suas
III. A teoria do verbo
Capítulo IV. Falar; tópico III. A teoria do verbo A proposição é para a linguagem o que a representação é para o pensamento: sua forma, ao
IV. A articulação
Capítulo IV. Falar; tópico IV. A articulação Os 4 momentos que fixam as funções essenciais da linguagem atribuição, articulação, designação e derivação. nos Séculos XVII
V. A designação
Capítulo IV. Falar; tópico V. A designação Os 4 momentos que fixam as funções essenciais da linguagem atribuição, articulação, designação e derivação. nos Séculos XVII
VI. A derivação
Capítulo IV. Falar; tópico VI. A derivação Os 4 momentos que fixam as funções essenciais da linguagem atribuição, articulação, designação e derivação. nos Séculos XVII
VII. O quadrilátero da linguagem
Capítulo IV – Falar; tópico VII. O quadrilátero da linguagem Os 4 momentos que fixam as funções essenciais da linguagem atribuição, articulação, designação e derivação.
Capítulo V – Classificar
I. O que dizem os historiadores
Capítulo V – Classificar; tópico I. O que dizem os historiadores As histórias das ideias ou das ciências – aqui designadas somente pelo seu perfil
II. A história natural
Capítulo V – Classificar; tópico II. A história natural Como pôde a idade clássica definir esse domínio da “história natural”, cuja evidência hoje e cuja
III. A estrutura
Capítulo V – Classificar; tópico III. A estrutura Assim disposta e entendida, a história natural tem por condição de possibilidade o pertencer comum das coisas
IV. O caráter
Capítulo V – Classificar; tópico IV. O caráter A estrutura é essa designação do visível que, por uma espécie de triagem pré-Iínguística, permite a ele
V. O contínuo e a catástrofe
Capítulo V – Classificar; tópico V. O contínuo e a catástrofe No coração dessa língua bem-feita em que se tornou a história natural, persiste um
VI. Monstros e fósseis
Capítulo V – Classificar; tópico VI. Monstros e fósseis Objetar-se-á que houve, muito antes de Lamarck, todo um pensamento de tipo evolucionista. Que sua importância
VII. O discurso da natureza
Capítulo V – Classificar; tópico VII. O discurso da natureza A teoria da história natural não é dissociável da teoria da linguagem. E contudo, de
Capítulo VI – Trocar
I. Análise das riquezas
Capítulo VI – Trocar; tópico I. Análise das riquezas Nem vida, nem ciência da vida na época clássica; tampouco filologia. Mas sim uma história natural,
II. Moeda e preço
Capapítulo VI – Trocar; tópico II. Moeda e preço No século XVI, o pensamento econômico está limitado, ou quase, ao problema dos preços e ao
III. O mercantilismo
Capítulo VI – Trocar; tópico III. O mercantilismo Para que o domínio das riquezas se constituísse como objeto de reflexão no pensamento clássico, foi preciso
IV. O penhor e o preço
Capítulo VI – Trocar; tópico IV. O penhor e o preço A teoria clássica da moeda e dos preços elaborou-se através de experiências históricas bem
V. A formação do valor
Capítulo VI – Trocar; tópico V. A formação do valor A teoria da moeda e do comércio responde à questão: como podem os preços, no
VI. A utilidade
Capítulo VI – Trocar; tópico VI. A utilidade A análise de Condillac, de Galiani, de Graslin, de Destutt corresponde à teoria gramatical da proposição. Escolhe
VII. Quadro geral
Capítulo VI – Trocar; tópico VII. Quadro geral Os quatro momentos que fixam as funções essenciais da linguagem (atribuição, articulação, designação e derivação) nos séculos
VIII. O desejo e a representação
Capítulo VI – Trocar; tópico VIII. O desejo e a representação Os homens dos séculos XVII e XVIII não pensam a riqueza, a natureza ou
Capítulo VII – Os limites da representação
I. A idade da história
Capítulo VII – Os limites da representação; tópico I. A idade da história Os últimos anos do século XVIII são rompidos por uma descontinuidade simétrica
II. A medida do trabalho
Capítulo VII – Os limites da representação; tópico II. A medida do trabalho Afirma-se facilmente que Adam Smith fundou a economia política moderna – poder-se-ia
III. A organização dos seres
Capítulo VII – Os limites da representação; tópico III. A organização dos seres No domínio da história natural, as modificações que se podem constatar entre
IV. A flexão das palavras
Capítulo VII – Os limites da representação; tópico IV. A flexão das palavras Encontra-se a réplica exata desses acontecimentos do lado das análises da linguagem.
V. Ideologia e crítica
Capítulo VII – Os limites da representação; tópico V. Ideologia e crítica Na gramática geral, na história natural, na análise das riquezas, produziu-se, pois, nos
VI. As sínteses objetivas
Capítulo VII – Os limites da representação; tópico VI. As sínteses objetivas Daí uma série quase infinita de consequências. De consequências, em todo o caso,
Capítulo VIII – Trabalho, vida e linguagem
I. As novas empiricidades
Capítulo VIII – Trabalho, vida e linguagem; tópico I – As novas empiricidades Eis que nos adiantamos bem para além do acontecimento histórico que se
II. Ricardo
Capítulo VIII – Trabalho, vida e linguagem; tópico II – Ricardo David Ricardo, 1772-1823 David Ricardo (Londres, 18 de Abril de 1772 — Gatcombe Park, 11 de setembro de 1823) foi um economista e
III. Cuvier
Capítulo VIII – Trabalho, vida e linguagem; tópico III – Cuvier Georges Cuvier, 1769-1832 Georges Cuvier foi um naturalista e zoologista francês da primeira metade
IV. Bopp
Capítulo VIII – Trabalho, vida e linguagem; tópico IV – Bopp Franz Bopp, 1791-1867 Franz Bopp (Mogúncia, 1791 — Berlim, 1867) foi um linguista alemão e professor de filologia e sânscrito na Universidade de Berlim. Foi um dos
V. A linguagem tornada objeto
Capítulo VIII – Trabalho, vida e linguagem; tópico V – A linguagem tornada objeto Pode-se observar que os quatro segmentos teóricos que acabam de ser
Capítulo IX – O homem e seus duplos
I. O retorno da linguagem
I. O retorno da linguagem Com a literatura, com o retorno da exegese e a preocupação da formalização, com a constituição de uma filologia, em
II. O lugar do rei: Las meninas
O lugar do rei: Las meninas Las meniñas, de Diego Velazquez, de 1656 pintura a óleo, com 3,18 m x 2,76 m do período barroco,
III. A analítica da finitude
III. A analítica da finitude Quando a história natural se torna biologia, quando a análise das riquezas se torna economia, quando sobretudo a reflexão sobre
IV. O empírico e o transcendental
IV. O empírico e o transcendental O homem, na analítica da finitude, é um estranho duplo empírico-transcendental, porquanto é um ser tal que nele se
V. O cogito e o impensado
V. O “cogito” e o impensado Se efetivamente o homem é, no mundo, o lugar de uma reduplicação empírico-transcendental, se deve ser essa figura paradoxal
VI. O recuo e o retorno à origem
VI. O recuo e o retorno da origem O último traço que caracteriza, ao mesmo tempo, o modo de ser do homem e a reflexão
VII. O discurso e o ser do homem
VII. O discurso e o ser do homem Pode-se notar que estes quatro segmentos teóricos (análises da finitude, da repetição empírico-transcendental, do impensado e da
VIII. O sono antropológico
VIII. O sono antropológico A antropologia como analítica do homem teve indubitavelmente um papel constituinte no pensamento moderno, pois que em grande parte ainda não
Capítulo X – As ciências humanas
I. O triedro dos saberes
O triedro dos saberes e o habitat das Ciências Humanas I. O triedro dos saberes Triedro dos saberes: espaço interior Clicando na figura ao lado
II. A forma das ciências humanas
II. A forma das ciências humanas É preciso esboçar agora a forma dessa positividade. De ordinário, tenta-se defini-la em função das matemáticas: quer porque se
III. Os três modelos
III. Os três modelos As três faces do conhecimento Assim, estes três pares, função e norma, conflito e regra, significação e sistema, cobrem, por completo,
IV. A história
A História Falou-se das ciências humanas; falou-se destas grandes regiões que a psicologia, a sociologia, a análise das literaturas e das mitologias aproximadamente delimitam. Não
Psicanálise e etnologia – APC
V. Psicanálise, etnologia [da psicanálise] “A psicanálise e a etnologia ocupam, no nosso saber, um lugar privilegiado. Não certamente porque teriam, melhor que qualquer outra