Eis por que
as utopias permitem as fábulas e os discursos:
situam-se na linha reta da linguagem,
na dimensão fundamental da fábula;
as heterotopias
(encontradas tão frequentemente em Borges)
dessecam o propósito,
estancam as palavras nelas próprias,
contestam, desde a raiz,
toda possibilidade de gramática;
desfazem os mitos
e imprimem esterilidade
ao lirismo das frases.





Comentários