As diferenças entre os dois princípios de trabalho: o de Adam Smith, de 1776 e o de David Ricardo, de 1817; e a importância da análise de David Ricardo
Comparações entre os dois princípios de trabalho,
e a importância do princípio de trabalho de David Ricardo
segundo Michel
1 Primeira possibilidade simultânea de leitura de operações e análise de valor
No lado esquerdo o valor que chega à representação através da proposição é carregado nela diretamente, até porque não há intenção de formular operações levando em conta como elemento organizador o objeto tomado como descrito por suas propriedades originais e constitutivas, isto é, de modo relacionado com o objeto.
Na visão de ‘operações’ no pensamento clássico não há a ideia de objeto como constituído por suas propriedades sim-originais e sim-constitutivas, pelos pressupostos considerados.
Refiro-me ao Princípio Monolítico de trabalho de Adam Smith. Na avaliação de Foucault, nesta alternativa de leitura do que seja trabalho a partir da linguagem toda a essência da linguagem está na proposição.
Toda a essência da linguagem está no interior da proposição.
A proposição já nasce emprenhada do valor que carrega.
2 Segunda possibilidade simultânea de leitura de operações e análise de valor
No princípio de trabalho de David Ricardo é visível a modelagem de uma proposição, usando ideias – ou elementos de imagem – todos eles em posições operacionais na estrutura do modelo.
- o sujeito, o empresário;
- e seu predicado
- o atributo, representado na figura pela representação do objeto da operação;
- o verbo: representado na figura pela Forma de produção
Essa mesma essência da linguagem encontra raízes fora dela mesma, do lado das
- designações primitivas;
- linguagem de ação ou raiz
No lado direito, sim, existem, ideias – ou elementos de imagem, que modelam padronizada e genericamente o elemento construtivo padrão fundamental para construção de representações – a proposição – e o escopo da operação é justamente articular o impensado, pelo pensamento, no espaço da representação. Refiro-me agora ao Princípio Dual de trabalho de David Ricardo.
A proposição assim que formulada está vazia, inclusive do valor que pode carregar; consiste tão somente em uma arquitetura que é comum a toda e qualquer proposição no curso desse tipo de operação.
Essa modelagem padronizada, genérica, organizadora de uma ordem única ao longo de toda a operação, descobre a essência da linguagem fora dela, nas operações de busca por origem, condições de possibilidade e de generalidade dentro de limites, às quais Foucault denomina “designações primitivas – linguagem de ação ou raiz”.
Relacionamento entre
- o Princípio Dual de Trabalho de David Ricardo e o modelo de operações proposto no LD da Figura 2, a nossa Plataforma para exposição;
- as fontes externas á linguagem e ‘essa maneira moderna de conhecer empiricidades’ no LD da Figura 2, com:
- designações primitivas e
- linguagem de ação ou de uso,

o texto do Princípio Dual de Trabalho de David Ricardo,
de 1817, e as ideias - ou elementos de imagem -
do modelo de operações no LD da figura

que permitem formular o modelo de operações
desde fora da linguagem
a partir das designações primitivas
- e da linguagem de ação ou de raiz(*)