Especificidade (ou não) na relação [objeto esperado]/[instrumento]
nas operações de produção e outras, conduzidas em ambiente de realidade
Modelos que comumente utilizamos para operações de obtenção de objeto esperado, quando organizadas pelo par sujeito-objeto não contemplam a concepção e a obtenção do correspondente indispensável instrumento capaz de obter esse objeto esperado das operações modeladas.
A falta de preocupações específicas e simultâneas tanto com o objeto esperado quanto com o instrumento eficaz necessário para a final obtenção desse objeto como aquilo que queremos
- seja esse instrumento o projeto-piloto ou laboratório, o instrumento requerido na etapa da construção da representação (projeto) do objeto esperado;
- ou a unidade de produção ou a fábrica, para a etapa do instanciamento do objeto de interesse,
estes dois, definitivamente objetos diferentes, completamente distintos do objeto esperado das operações em foco, o assim chamado Produto.
Essa ausência de preocupação específica com o instrumento necessário à obtenção de qualquer objeto esperado confere a tais modelos características de um pensamento mágico.
A modelagem organizada pelo par sujeito-objeto exige a consideração de um objeto determinado. E o tratamento conjunto desses dois objetos em um mesmo modelo desestrutura o projeto do modelo de operações e degrada a qualidade da informação.
O que descrevemos aqui é uma modelagem que engloba:
- Produto – o objeto esperado pelo Cliente:
modelagem da operação da qual resultará, no caso de sucesso, o objeto – Produto – no qual o Cliente está interessado, em todas as suas etapas;
- Lucro, ou benefícios de outra ordem – o objeto esperado pelo Acionista:
modelagem da operação que ocorre pelo instrumento, da qual resultará, no caso de sucesso, o objeto – Lucros ou benefícios de qualquer natureza – no qual o Acionista está interessado, objeto este gerado pelo instrumento requerido para obter o objeto Produto de interesse do Cliente, abrangendo igualmente aqui todas as suas etapas.
A modelagem de operações de produção de uma coisa sem a preocupação simultânea com o instrumento requerido para instanciar no ambiente essa coisa tem muito de um pensamento mágico.
A operação simétrica à operação de obtenção do objeto esperado Produto, refiro-me à operação de obtenção do instrumento capaz de obter esse objeto no ambiente em que ocorre a produção, pode ser vista como um sucedâneo prático da varinha mágica de condão de Merlin.

Vemos acima Merlin e seu instrumento absolutamente versátil, indiferente quanto a qual seja o objeto de desejo do rei Arthur, que instancia qualquer coisa em qualquer ambiente instantaneamente sem gastar nada, e de modo sempre reversível. Organizador do mundo pela redução de entropia sem gastar energia e por isso, mágico.