O tipo de reflexão que se instaura em nossa cultura

“Instaura-se uma forma de reflexão,
bastante afastada do cartesianismo
e da análise kantiana,
em que está em questão,
pela primeira vez,
o ser do homem,
nessa dimensão segundo a qual
o pensamento
se dirige ao impensado
e com ele se articula.”

As palavras e as coisas:
uma arqueologia das ciências humanas
Capítulo IX – O Homem e seus duplos;
tópico V – O “cogito” e o impensado

A forma de reflexão que se instala no pensamento moderno
A entrada do homem em nossa cultura

 

“Antes do fim do século XVIII,
o homem não existia.”

Sem dúvida, as ciências naturais trataram do homem como de uma espécie ou de um gênero: a discussão sobre o problema das raças, no século XVIII, o testemunha. 

A gramática e a economia, por outro lado, utilizavam noções como as de necessidade, de desejo, ou de memória e de imaginação. 

Mas não havia consciência epistemológica do homem como tal. 

As palavras e as coisas:
uma arqueologia das ciências humanas; Capítulo IX – O homem e seus duplos;
tópico II. O lugar do rei

Com exceção de David Ricardo, e de Sigmund Freud, estes pensadores modernos, os demais desenvolveram suas obras todas antes do final do século XVIII, marca para a entrada do homem em nossa cultura.

Especificamente sobre Keynes, na única referência feita a ele no As palavras e as coisas, Foucault não hesita em classifica´lo como pensador clássico. 

Pensadores de antes da entrada do homem em nossa cultura;
exceto Freud e Ricardo