Cópia da 'Sanfona' original completa

Veja essa história em uma animação que está em

Uma história do nascimento do livro ‘As palavras e as coisas,
contada pelo próprio autor no Prefácio

A ideia aqui é sobrepor o texto dessa historinha a uma imagem em que estão representadas as duas estruturas exigidas pelos modelos de operações em dois perfis

  • o texto de Borges, que deu origem ao livro, associado a uma heterotopia e ao pensamento clássico;
  • efeitos desse texto sobre as familiaridades do pensamento que tem a nossa idade e a nossa geografia abalando todos os planos e todas as superfícies ordenadas que tornam para nós sensata a profusão dos seres; e fazendo vacilar e inquietando por muito tempo, nossa prática milenar do Mesmo e do Outro;
  • associação da Utopia ao pensamento moderno (o impensado organizando as operações)
  • o texto da Enciclopédia chinesa uma taxinomia sob o pensamento clássico;
  • o limite do nosso pensamento: a impossibilidade de pensar isso.
  • Que coisa é impossível pensar? e de que impossibilidade se trata?
  • a desordem pior que aquela do incongruente, ou da aproximação daquilo que não convém:
    • seria a utilização de um grande número de ordens possíveis na dimensão sem lei nem geometria do heteróclito;
  • o consolo das Utopias;
  • a inquietação causada pelas heterotopias;
    • porque solapam secretamente a linguagem;
    • porque impedem de nomear as coisas, porque fracionam os nomes comuns ou os emaranham,
    • porque arruínam de antemão a sintaxe
      • e não somente a sintaxe que constrói as frases
      • também aquela sintaxe, menos manifesta, que autoriza manter juntas, ao lado e em frente umas das outras, as palavras e as coisas.
Neste trabalho mostramos como essas coisas mencionadas nesse texto se relacionam com modelos de operações, e também modelos de organizações.
Colocamos ao fundo da narrativa desse texto do Prefácio as diferentes configurações do pensamento em modelos de operações e de organizações, e como vão se alterando à medida que a narrativa prossegue.

Michel Foucault vê dois obstáculos que adiaram o término do seu trabalho no livro ‘As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências  humanas. Ele via:

  • uma impossibilidade que dominava o nosso pensamento;
  • e uma obrigação
      • de abrir o campo transcendental da subjetividade
      • e de constituir, para além do objeto, os quase-transcendentais
        Vida, Trabalho e Linguagem
        .

Veja isso em 

Os dois obstáculos, as duas pedras de tropeço, encontrados por Michel Foucault em seu caminho,

com especial destaque para o segundo obstáculo, a saber, o cumprimento da obrigação de abertura do campo transcendental da subjetividade constituindo, para além do objeto, o espaço em que habitam os modelos das ciências humanas.

Em nenhum momento Foucault solicita ao seu leitor que faça um ato de fé no que ele diz.
Foucault argumenta sempre, a partir de dados levantados quanto ao modo de ser do pensamento em uma vasta plêiade de autores contemporâneos às mudanças. 

Foucault via no conjunto de teorias, modelos e sistemas em nossa cultura, um espectro de modelos com três segmentos, que decorre dessa visão, e que aponta para o futuro; e que lhe sugeria a necessidade de distinções entre esses diferentes modos de ser do pensamento, e todo o trabalho com a arqueologia feita no ‘As palavras e as coisas’: 

“Eis que nos adiantamos bem para além do acontecimento  histórico que se impunha situar – bem para além das margens cronológicas dessa ruptura que divide, em sua profundidade, a epistémê do mundo ocidental e isola para nós o começo de certa maneira moderna de conhecer as empiricidades. 

É que o pensamento que nos é contemporâneo 
e com o qual, queiramos ou não, pensamos, 
se acha ainda muito dominado 

  • pela impossibilidade, trazida à luz por volta do fim do século XVIII,
    de fundar as sínteses no espaço da representação.
  • e pela obrigação correlativa, simultânea, mas logo dividida contra si mesma,
    de abrir o campo transcendental da subjetividade
    e de constituir, inversamente, para além do objeto,
    esses quase-transcendentais que são para nós a Vida, o Trabalho, a Linguagem.As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas (Cartilha); Capítulo 7 – Trabalho, Vida e Linguagem; tópico I. As novas empiricidades

Como se vê pelo ponto em que se insere na ‘Cartilha’ essa citação, o capítulo 7 de um trabalho em dez capítulos, quando escreveu esse trecho Foucault já tinha bem adiantado seu trabalho no ‘As palavras e as coisas’; nesse momento ele aponta dois obstáculos, duas pedras de tropeço que precisou enfrentar e que tiveram o poder de dilatar em muito o tempo necessário para fazer esse livro; ele via:  

    1. uma impossibilidade, a de fundar as sínteses [da representação para a empiricidade objeto de cada operação] no espaço da representação
    2. e uma obrigação a ser cumprida:
      a de abrir o campo transcendental da subjetividade
      e de constituir,
       inversamente, para além do objeto, 
      os quase-transcendentais Vida, Trabalho e Linguagem 

O espectro de modelos com três segmentos: AQUÉM, DIANTE e ALÉM do objeto

O espectro de modelos com três segmentos, que abriga teorias, modelos e sistemas desde o século XVII até o século XXI, usando essa análise de Michel Foucault decorre desse momento intenso de Foucault.   

    • AQUÉM do objeto – teorias, modelos e sistemas com a impossibilidade 
      de fundar as sínteses dos objetos das operações no espaço da representação;
    • DIANTE do objeto – teorias, modelos e sistemas sem essa impossibilidade, com a possibilidade
      de fundar as sínteses dos objetos das operações, no espaço da representação;
    • para ALÉM do objeto – teorias, modelos e sistemas nos quais 
      foi aberto o campo transcendental da subjetividade e foram constituídos 
      os “quase-transcendentais Vida, Trabalho e Linguagem
      estes, os modelos no domínio das ciências humanas. 

Veja isto em 

Cronologia da descontinuidade epistemológica ocorrida em nossa cultura entre 1775 e 1825

segundo Michel Foucault

De um lado e de outro dessa descontinuidade epistemológica temos:

  • antes de 1775 – pensamento clássico ou idade clássica do pensamento, com modelos com a (im)possibilidade de fundar as sínteses da empiricidade objeto da operação, no espaço da representação;
  • depois de 1825 – pensamento moderno ou a nossa modernidade no pensamento, com modelos com a possibilidade de fundar as sínteses da empiricidade objeto da operação, no espaço da representação.

Note que Adam Smith e David Ricardo estão posicionados em lados opostos com relação à fase de ruptura desse evento ao qual Foucault dá o status de evento fundador da nossa modernidade no pensamento.

Note ainda que todos os autores que formam a base do liberalismo clássico também estão posicionados por Foucault antes desse evento, em plena idade clássica.

eúdo da sanfona

“Instaura-se uma forma de reflexão, 
bastante afastada do cartesianismo e da análise kantiana, 
em que está em questão, pela primeira vez, 
o ser do homem, nessa dimensão segundo a qual 
o pensamento se dirige ao impensado 
e com ele se articula.”
 
Cartilha; Cap. 9. O homem e seus duplos; V – O “cogito” e o impensado

Nesse excerto da Cartilha, Foucault coloca na proposição:

  • o ser do homem (o sujeito)
  • dirigindo-se ao objeto, o impensado,  (atributo do predicado do sujeito). 

Nota: Nessa forma de reflexão que se instaura ‘ o ser do homem’ não se dirige ao intangível!  

Intangível é uma qualidade de algo e não faz parte das propriedades originais e constitutivas desse algo.

Essa forma de reflexão sim, dirige-se ao impensado, o objeto por inteiro, em relação ao qual o Pensamento pode muito. Pode descobrir suas propriedades originais e constitutivas, propriedades substantivas, e não adjetivas, aparências, como é o intangível.
(Ref. Entrevista de Jorge Forbes)

Ao contrário do impensado, que mediante articulação no pensamento patrocinada pelo sujeito, pode ganhar o espaço da representação, o intangível na maioria dos casos, permanece exatamente isso: intangível.  

Veja as bases de sustentação e essa forma de reflexão em   

Os  perfis das duas configurações do pensamento, segundo o pensamento de Michel Foucault:
e Os dois tipos de reflexão assumidos pelo pensamento

Essa forma de reflexão é consistente e está na base do Princípio Dual de Trabalho de David Ricardo.

Veja em imagens 

Os dois conceitos filosóficos para o que seja Trabalho, o de Adam Smith, de 1776 e o de David Ricardo, de 1817; veja também as diferenças entre esses dois conceitos, nas palavras de Michel Foucault

que ilustram essa forma de reflexão no depois da descontinuidade epistemológica, e a reflexão no período anterior.

Veja isso na página: 

Funcionamento das operações para as configurações do pensamento de antes e de depois da descontinuidade epistemológica ocorrida entre os anos de 1775 e 1825

veja também o tempo respectivamente para cada operação levando em conta, no pensamento moderno, as operações de Construção de representação nova, e as de Instanciamento de representação previamente existente.

Note que a amplitude da visão do fenômeno ‘operações’ é muito maior no pensamento filosófico moderno, o de depois de 1825. Neste caso a visão do fenômeno abrange a construção da representação para a empiricidade objeto, e também o instanciamento de representação previamente existente em um repositório de proposições explicativas da experiência formuladas de acordo com as regras da língua; enquanto que sob o pensamento clássico o fenômeno é visto apenas a partir da fase de instanciamento.

Veja que há uma correspondência entre as visões de operações no pensamento clássico e no princípio monolítico de trabalho de Adam Smith, de 1776, e pensamento moderno e o princípio dual de trabalho de David Ricardo, de 1817.

Certifique-se dessa correspondência visualizando as figuras feitas para os dois princípios de trabalho, o de Adam Smith e o de David Ricardo.

Os dois conceitos filosóficos para o que seja Trabalho: o de Adam Smith, de 1776, e o de David Ricardo, de 1817

a página que o link acima dá acesso mostra também as diferenças entre esses dois princípios de trabalho nas palavras de Michel Foucault. Mas por favor certifique-se de que essas diferenças apontadas por Foucault entre os dois princípios de trabalho correspondem também, e são consistentes, com

as duas possibilidades de leitura do fenômeno ‘operações’ com as duas origens da essência da linguagem (interna e externa), e correspondentes duas possibilidades de análise de valor;

Uma Anatomia ou uma Cartografia para modelos de operações segundo a configuração do pensamento:

  • pensamento clássico, o de antes de 1775;
    • não há construção de representações; 
    • domínio: do Discurso e da Representação;
    • elemento central: Processo
    • ordem: Quadro de simultaneidades com um Sistema de categorias. (pode ser múltipla, e de uso simultâneo).
  • pensamento moderno, o de depois de 1825;
    • caminho da Construção da representação;
      • Lugar do nascimento do que é empírico;
        • Lugar desde onde se fala: domínio do Pensamento e da Língua;
        • Lugar do falado: domínio do Discurso e da Representação.
      • elemento central: Forma de produção;
      • ordem: única, dada pelas regras da gramática da língua utilizada.
      • origens de valor
        • designações primitivas;
        • linguagem de ação ou de uso: Repositório
    • caminho do Instanciamento da representação;
      • domínio do Discurso e da Representação;
        • Mercado, ou Circuito onde ocorrem as trocas;
      • linguagem de ação ou de uso: Repositório.

Anatomia ou cartografia dos modelos: os diferentes lugares onde o pensamento acontece, em função do perfil de pensamento e do caminho no qual seguem as operações.

  • operação sob o pensamento clássico, antes de 1775
    • O circuito das trocas (Mercado), 
    • no interior do domínio do Discurso e da representação.
  • operação sob o pensamento moderno, depois de 1825
    • operação de Construção da representação: o Lugar de nascimento do que é empírico;
    • no interior de dois domínios
      • o domínio do Pensamento e da língua;
        • o Lugar desde onde se fala;
      • o domínio do Discurso e da representação.
        • o Lugar do falado.
  • o Circuito das trocas (Mercado) nas operações de instanciamento de representação anteriormente existente sob o pensamento moderno.

Veja novamente a página Metáforas adequadas e propriedades emergentes dos modelos de operações em cada segmento do espectro de modelos

A. Pensamento filosófico clássico, o de antes de 1775

1.   Transformação única, de Entradas Saídas, sobre a estrutura Input-Output, ou um processamento de informações

A metáfora da transformação de Entradas  ⇒ Saídas, sobre a estrutura Input-Output, que dá lugar a um sistema relativo de anterioridade ou de simultaneidade das coisas entre si é válida aqui, e é a famosa caixa preta. 

Seu elemento central é Processo, um verbo, que a única coisa que afirma é a coexistência de duas representações indicando a coexistência

Com a opção pela leitura do fenômeno ‘operações’ desde um ponto de vista posicionado no cruzamento do que é dado com o que é recebido na troca, essa metáfora representa apelas a operação de instanciamento de representação anteriormente feita e já carregada de valor diretamente atribuído à proposição.

Toda a etapa da construção de representação nova está fora desse escopo e por isso, a transformação pode ser única.

Veja aqui em Conceitos homônimos mas com significados diferentes, os conceitos para o que seja um verbo.

B. Pensamento filosófico moderno, o de depois de 1825

1.  Metáforas no caminho da Construção da representação:
uma Conversão, ou um par de transformações de mesmos sinais

Veja novamente página Metáforas adequadas e propriedades emergentes dos modelos de operações em cada segmento do espectro de modelos sob o título Conversão ou um par de transformações de mesmos sinais no caminho da Construção da representação.

Toda a operação pode ser reduzida a uma

  • Conversão, de pensamento não articulado em representação.

Essa conversão pode ser desdobrada em um par de transformações de mesmos sinais:

  • Primeira transformação:
    • [não – sim] pensamento não-articulado em pensamento sim-articulado;
  • Segunda transformação: 
    • [sim – não] representação não-existente para representação sim-existente.

2.  Metáforas no caminho do Instanciamento da representação: outra Conversão, ou um par de transformações mas agora de sinais opostos

Veja novamente página Metáforas adequadas e propriedades emergentes dos modelos de operações em cada segmento do espectro de modelos agora sob o título Conversão ou um par de transformações de sinais trocados no caminho do Instanciamento da representação.

Toda a operação pode ser reduzida a uma

  • Conversão,
    • de uma disponibilidade de recursos 
    • para disponibilidade de objeto da produção.

Essa conversão pode ser desdobrada em um par de transformações de mesmos sinais:

    • Primeira transformação: [não – sim] Consumo, ou disponibilidade de recursos para indisponibilidade de recursos;
    • Segunda transformação: [não – sim] Produção: indisponibilidade de objeto para disponibilidade de objeto.

Veja Metáforas adequadas e propriedades emergentes dos modelos de operações em cada segmento do espectro de modelos

A.  Modelos de operações sob o pensamento clássico, o de antes de 1775

1.  Fluxo

Veja em Funcionamento das operações… a animação sob o título Aquém do objeto. Essa é uma operação de instanciamento de representação formulada anteriormente como uma composição de representações existentes. O apontador de início da operação está no cruzamento entre o dado e o recebido, ou na disponibilidade dos dois objetos envolvidos em uma eventual operação de troca.

Sob o pensamento clássico, o de antes de 1725 e anterior à descontinuidade epistemológica temos:

  • O tipo de pensamento usado tem a impossibilidade de fundar as sínteses [do objeto das operações] no espaço da representação – o primeiro obstáculo vislumbrado por Foucault em seu trabalho;
  • Essa impossibilidade arrasta o ponto de início da leitura do fenômeno ‘operações’ para o cruzamento entre o que é dado e o que é recebido na operação de troca, ou o ponto em que os dois objetos envolvidos na operação de troca estão disponíveis;
  • A operação pode acontecer no Circuito das trocas já que os objetos envolvidos nesse tipo de operação estão disponíveis; essa operação transcorre inteiramente em um domínio único, o domínio do Discurso e da representação.
  • História, nesse tipo de operações, é entendida como a coleta das sucessões de fatos, tais como se constituíram.
  • O tipo de propriedades possíveis de serem consideradas na modelagem das operações é propriedades não-originais e não-constitutivas das coisas, que são selecionadas para participar das operações por suas propriedades consistentes com esse tipo, ou por “aparências”.
  • O elemento central desse modelo de operações é ‘Processo’, sobre um sistema relativo de anterioridade ou simultaneidade das coisas entre si;
  • Resta nesse modelo de operações a contabilidade do que se aproxima de uma região do espaço em que ocorrem operações, do que entra nessa região, do que fica nessa região ou que Sai dela. A análise se restringe a esse Fluxo, pela total ausência da noção de objeto definido pelas suas propriedades originais e constitutivas, e pela pressuposição de que tudo existe, desde sempre e para sempre prescindindo assim da noção de sujeito.

B.    Modelos de operações sob o pensamento moderno, depois de 1825

1.  Permanência: no caminho da Construção da representação:

Veja agora em Funcionamento das operações… a animação sob o título Diante do objeto. A operação modelada é de formulação da representação para empiricidade objeto ainda não representada. Ao final dessa operação passa a existir a representação, ou o projeto, do objeto antes indisponível para eventual operação de troca. E esse objeto, com o fim dessa operação com sucesso, está resolvido (seu projeto foi executado) mas ainda está indisponível. Para que ele esteja disponível será necessário o desencadeamento da etapa de instanciamento dessa representação recém criada. Então, a aposta é que essa representação permaneça em um repositório de proposições explicativas formuladas de acordo com as regras da língua, de onde será selecionado para essa ulterior operação de instanciamento.

  • O tipo de pensamento utilizado tem desta vez a possibilidade de fundar as sínteses [do objeto das operações] no espaço da representação.
  • Essa possibilidade arrasta o ponto de início da leitura do fenômeno ‘operações’ para antes do ponto de cruzamento entre o que é dado e o que é recebido em uma operação de troca, ou para o ponto em que pelo menos um dos objetos envolvidos na operação de troca não está disponível;
  • A operação transcorre no, ‘ interior do ‘Lugar de nascimento do que é empírico: “Assim como a Ordem no pensamento clássico não era a harmonia visível das coisas, seu ajustamento, sua regularidade ou sua simetria constatados, mas o espaço próprio de seu ser e aquilo que, antes de todo conhecimento efetivo, as estabelecia no saber, assim também a História, a partir do século XIX, define o lugar de nascimento do que é empírico, lugar onde, aquém de toda cronologia estabelecida, ele assume o ser que lhe é próprio.”
  • História, nesse tipo de operação é o “modo de ser fundamental das empiricidades, aquilo a partir de que elas são afirmadas, postas, dispostas e repartidas no espaço do saber para eventuais conhecimentos e para ciências possíveis.”
  • O tipo de propriedades consideradas na modelagem de operações é propriedades sim-originais e sim-constitutivas do objeto da operação, exatamente aquele objeto que falta para compor uma operação de troca.
  • O elemento central deste modelo de operações agora é a Forma de produção, em um sistema absoluto no qual “aquém de toda cronologia estabelecida, ele [o objeto da operação, aquele que falta para compor a operação de troca] assume o ser que lhe é próprio.
  • Nesse modelo de operações a representação (projeto) daquele objeto que faltava para eventual operação de troca é construída e dessa construção de nova representação surgem as propriedades sim-originais e sim-constitutivas que descrevem essa representação construída.

2.  Fluxo: no caminho do Instanciamento da representação:

A propriedade emergente volta a ser Fluxo, no caminho do Instanciamento da representação.

A representação objeto da operação de instanciamento é recuperada do Repositório no estado em que ela se encontrava quando foi adicionada a ele.

A empiricidade objeto será instanciada nesse estado em que foi recuperada; assim, o ‘modo de ser fundamental’ dessa empiricidade objeto da operação de instanciamento não muda.

Processos, atividades, etc. que compõem os elementos de suporte na experiência da Forma de produção são desencadeados, e há fluxos vários, que são mostrados na página indicada.

Veja uma coleção de conceitos chamados pelos mesmos nomes, mas consignificados muito distintos, sob o pensamento clássico e sob o moderno. 

Veja isso na seguinte página:

Conceitos homônimos mas com significados diferentes entre a configuração do pensamento na idade clássica e no pensamento moderno

Uma lista de alguns conceitos distintos no significado mas chamados pelos mesmos nomes:

  • 0. as duas leituras para o fenômeno ‘operações’, as duas origens para a essência da linguagem e correspondentes duas possibilidades de análise de valor;
  • 1. dois conceitos para o que seja um verbo;
  • 2. dois conceitos para o que seja ‘Classificar’;
  • 3. dois papéis atribuídos ao homem;
  • 4. dois tipos de reflexão assumidos pelo pensamento;
  • 5. duas sintaxes envolvidas na construção de representação nova;
  • 6. dois conceitos para História;
  • 7. dois espaços gerais do saber;
  • 8. dois conceitos para tempo: calendário e absoluto;
  • 9. a proposição como bloco construtivo padrão fundamental e genérico para construção de representações.
  • 10. Tabela de propriedades das duas configurações do pensamento.

Poderia transcrever aqui o conteúdo da página ‘Conceitos homônimos…’ cujo link acima dá acesso. Mas estaria fazendo uma repetição desnecessária: por favor, veja a página com os Conceitos homônimos com significados diferentes no antes e no depois da descontinuidade epistemológica de 1775-1825. que já vai ajudar bastante.

A análise das riquezas, junto com a gramática geral e a história natural, no pensamento clássico- o de antes de 1775, são contrapostas à análise da produção, filologia e biologia no pensamento de depois de 1825.

“Nem vida, nem ciência da vida na época clássica;
tampouco filologia.

Mas sim uma história natural, uma gramática geral.
Do mesmo modo,
não há economia política

porque, na ordem do saber,
a produção não existe.

Em contrapartida,
existe, nos séculos XVII e XVIII,

uma noção que nos permaneceu familiar,
embora tenha perdido para nós sua precisão essencial.
Nem é de “noção” que se deveria falar a seu respeito,
pois não tem lugar no interior
de um jogo de conceitos econômicos

que ela deslocaria levemente,
confiscando um pouco de seu sentido
ou corroendo sua extensão.

Trata-se antes de um domínio geral:
de uma camada bastante coerente
e muito bem estratificada,

que compreende e aloja, como tantos objetos parciais,
as noções de valor, de preço, de comércio, de circulação,
de renda, de interesse.


Esse domínio,

solo e objeto da “economia” na idade clássica,
é o da riqueza.

 Inútil colocar-lhe questões
vindas de uma economia de tipo diferente,

organizada, por exemplo,
em torno da produção ou do trabalho;

 inútil igualmente analisar seus diversos conceitos
(mesmo e sobretudo se seus nomes
em seguida se perpetuaram,

com alguma analogia de sentido),
sem levar em conta
o sistema em que assumem sua positividade.”

As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas;
Cap. 6 – Trocar; tópico I. A análise das riquezas

Sem fazer um alinhamento filosófico das ideias, das noções, para respectivamente cada período histórico em nossa cultura, o padrão é ficar com a análise de riquezas do pensamento filosófico clássico. (o que nem é difícil de perceber que é feito, em nosso meio)

O mínimo que somos chamados a fazer é esclarecer as razões pelas quais o conceito ‘riquezas’ é tão largamente utilizado; e as razões pelas quais Michel Foucault escreve “economia” assim, entre aspas, quando se refere ao período clássico.

As diferenças nas visões de ‘operações’ decorrentes do posicionamento do ponto de início de leitura do fenômeno, podem ser vistas em
E essas mudanças estão refletidas no tópico 
‘Uma anatomia ou uma Cartografia de modelos de operações em função da configuração do pensamento’
 
Para entender melhor os elementos de imagem 
  • ‘designações primitivas’
  • ‘linguagem de ação ou raiz’
que representam as origens de valor atribuído à proposição, veja nas palavras de Michel Foucault
Resumidamente, podemos ler operações posicionando o início da leitura desse fenômeno de duas maneiras diferentes:
  1. ponto de início da leitura do fenômeno ‘operações’ colocado no  cruzamento da disponibilidade entre dois objetos intervenientes na operação de troca: o que é dado e o que é recebido, testando as condições de troca;
  2. ponto de início da leitura do fenômeno ‘operações’ antes da disponibilidade de um dos objetos, testando desta vez a permutabilidade futura desse objeto e não imediatamente as condições de troca.

O carregamento de valor na proposição em cada caso:

  1. valor é carregado diretamente na proposição desde dentro do espaço da representação;
  2. valor é carregado na proposição desde fora do espaço da representação, com origens de valor externas ao espaço da representação, provenientes de:
    1. designações primitivas;
    2. linguagem de ação ou raiz.

Operações calcadas no Princípio Dual de trabalho de David Ricardo têm valor carregado na proposição e por elas para as representações como no segundo caso acima.

  • Unanimidades de conceitos pelo uso:
    • Mercado’,
    • Processo’,
    • Riquezas’;
  • Unanimidades de conceitos pelo não uso:
    • Lugar de nascimento do que é empírico’
    • Forma de produção’, 
    • Análise da produção’

As unanimidades nos conceitos, pelo seu uso, e pelo não uso: ‘Mercado’, ‘Processo’, ‘Riquezas’ conceitos de antes da descontinuidade epistemológica e portanto na idade clássica, são campeões de unanimidade pelo uso; e os correspondentes conceitos do após a descontinuidade epistemológica e portanto da nossa modernidade no pensamento, campeões absolutos pelo não-uso: ‘Lugar de nascimento do que é empírico’, ‘Forma de produção’, ‘Análise da produção unânimes pelo não uso.

“Assim como a Ordem no pensamento clássico
não era a harmonia visível das coisas, seu ajustamento,
sua regularidade ou sua simetria constatados,
mas o espaço próprio de seu ser
e aquilo que, antes de todo conhecimento efetivo,
as estabelecia no saber,
assim também a História, a partir do século XIX,
define o lugar de nascimento do que é empírico,
lugar onde, aquém de toda cronologia estabelecida,
ele assume o ser que lhe é próprio.” As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas; Cap. 7 – Os limites da representação; tópico I. A idade da história

Mercado é o lugar onde ocorrem as trocas; Foucault chama isso de Circuito das trocas, e nós chamamos de Mercado.

Lugar do nascimento do que é empírico é o lugar onde, aquém de toda cronologia estabelecida, ele [as coisas empíricas] assume o ser que lhe é próprio.

Veja o modelo de operações – de produção e outras – sob o pensamento moderno, e note que ‘Lugar do nascimento do que é empírico‘ é um lugar, mesmo, e não o uso de ‘lugar’ como um cacoete retórico.

É um lugar onde as empiricidades objeto de operações têm alterado o seu ‘modo de ser fundamental‘, definido por Michel Foucault como o elemento ordenador da história sob o pensamento filosófico moderno.

modo de ser fundamental de uma empiricidade é aquilo a partir do que ela pode ser “afirmada, posta, disposta e repartida no espaço do saber para eventuais conhecimentos e para ciências possíveis.” Cartilha; Cap. 7 – Os limites da representação; tópico I. A idade da história.

Funcionamento das operações para configurações do pensamento de antes e de depois da descontinuidade epistemológica ocorrida entre os anos 1775 e 1825

A. Unanimidades de conceitos pelo seu uso:
Mercado‘, “Processo‘, ‘Riquezas

1.      A primeira unanimidade pelo uso, é a utilização de ‘Mercado’, economia de mercado, e variações.

“Certamente, para Ricardo como para Smith,
o trabalho pode realmente
medir a equivalência das mercadorias que passam pelo circuito das trocas:”

“Na infância das sociedades,
o valor permutável das coisas
ou a regra que fixa a quantidade que se deve dar
de um objeto por outro
só depende da quantidade comparativa de trabalho
que foi empregada na produção de cada um deles.” 

A diferença, porém, entre Smith e Ricardo está no seguinte:

  • para o primeiro, o trabalho, porque analisável em jornadas de subsistência, pode servir de unidade comum a todas as outras mercadorias (de que fazem parte os próprios bens necessários à subsistência);
  • para o segundo, a quantidade de trabalho permite fixar o valor de uma coisa,
    •  não apenas porque este seja representável  em unidades de trabalho,
    • mas primeiro e fundamentalmente porque
      o trabalho como atividade de produção
      é a fonte de todo valor”.

Já não pode este ser definido, como na idade clássica, partir do sistema total de equivalências e da capacidade que podem ter as mercadorias de se representarem umas às outras. 

O valor deixou de ser signo, tomou-se um produto.
Se as coisas valem tanto quanto o trabalho que a elas se consagrou,
ou se, pelo menos, seu valor está em proporção a esse trabalho,
não é porque o trabalho seja um valor fixo, constante
e permutável sob todos os céus e em todos os tempos,
mas sim porque todo valor, qualquer que seja, extrai sua origem do trabalho.
E a melhor prova disso está em que o valor das coisas
aumenta com a quantidade de trabalho que lhes temos de consagrar se as quisermos produzir; porém não muda com o aumento ou baixa dos salários
pelos quais o trabalho se troca como qualquer outra mercadoria.”

Circulando nos mercados, trocando-se uns por outros,
os valores realmente têm ainda um poder de representação.
Extraem esse poder, porém, de outra parte –
desse trabalho mais primitivo e radical do que toda representação
e que, portanto, não pode definir-se pela troca.

Enquanto no pensamento clássico
o comércio e a troca
servem de base insuperável para a análise das riquezas
(e isso mesmo ainda em Adam Smith,
para quem a divisão do trabalho é comandada pelos critérios da permuta),

desde Ricardo,
a possibilidade da troca está assentada no trabalho;
e a teoria da produção, doravante,
deverá sempre preceder a da circulação.
As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas;
Cap. 8 Trabalho, vida e linguagem; tópico II – Ricardo

2.      A segunda unanimidade pelo uso, é ‘Processo’

Processo é o elemento central daquele tipo de operações que o mais que fazem é assinalar a coexistência de duas representações aceitando sua existência prévia, e tomando como bons os valores a elas carregados pelas proposições em uma linguagem que lê operações como fenômeno, a partir da disponibilidade dos dois objetos envolvidos na troca.

Para modelar esse tipo de operação a estrutura Input-Output é mais do que suficiente; e a natureza das operações é uma contabilidade focalizada na região do espaço onde a operação transcorre, tomando conta do que entra, do que sai, do que permanece dentro ou nem entra nem sai. Nada a ver com o homem, ou com qualquer objeto definido por suas propriedades sim-originais e sim-constitutivas.

Qualquer coisa para a qual for possível estabelecer uma relação de anterioridade ou simultaneidade com relação à região onde ocorre a operação serve como Entrada, ou como Saída. E essa relação pode ser estabelecida por meio de uma propriedade não-original e não-constitutiva, ou uma “aparência”. Propriedades sim-originais e sim-constitutivas não são utilizadas.

Veja aqui duas coisas:

“A única coisa que o verbo afirma
é a coexistência de duas representações:
por exemplo, a do verde e da árvore,
a do homem e da existência ou da morte;
é por isso que o tempo dos verbos
não indica aquele em que as coisas existiram no absoluto,
mas um sistema relativo de anterioridade ou de simultaneidade das coisas entre si.” As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas; Cap. IV – Falar; tópico III.  A teoria do verbo

para certificar-se de que esse conceito acima corresponde realmente ao pensamento na idade clássica, veja na página sobre o funcionamento das operações, as animações sobre o tempo nos dois períodos, e associe o tempo ‘calendário’ à parte do excerto acima sobre o tempo dos verbos. 

3.      A terceira unanimidade pelo uso é ‘Riquezas’

“Nem vida, nem ciência da vida na época clássica;
tampouco filologia.
Mas sim uma história natural, uma gramática geral.
Do mesmo modo, não há economia política
porque, na ordem do saber,
a produção não existe.
Em contrapartida, existe, nos séculos XVII e XVIII,
uma noção que nos permaneceu familiar,
embora tenha perdido para nós sua precisão essencial.
Nem é de “noção” que se deveria falar a seu respeito,
pois não tem lugar no interior de um jogo de conceitos econômicos
que ela deslocaria levemente, confiscando um pouco de seu sentido ou corroendo sua extensão. Trata-se antes de um domínio geral:
de uma camada bastante coerente e muito bem estratificada,
que compreende e aloja, como tantos objetos parciais,
as noções de valor, de preço, de comércio, de circulação, de renda, de interesse.
Esse domínio, solo e objeto da “economia” na idade clássica,
é o da riqueza.

Inútil colocar-lhe questões vindas de uma economia de tipo diferente,
organizada, por exemplo, em torno da produção ou do trabalho;
inútil igualmente analisar seus diversos conceitos
(mesmo e sobretudo se seus nomes em seguida se perpetuaram,
com alguma analogia de sentido),
sem levar em conta o sistema em que assumem sua positividade.”
As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas;
Cap. 6 – Trocar; tópico I. A análise das riquezas

Sem fazer um alinhamento filosófico das ideias, das noções, para respectivamente cada período histórico em nossa cultura, o padrão é ficar com a análise de valor do pensamento filosófico anterior, o clássico, de antes de 1775.

B.   Unanimidades de conceitos pelo não uso: ‘Lugar de nascimento do que é empírico’, ‘Forma de produção’, ‘Análise da produção

1.      Primeira unanimidade pelo não uso:
‘Lugar de nascimento do que é empírico’

Veja novamente a animação central sob o título ‘Diante do objeto’ na página

Funcionamento das operações para configurações do pensamento de antes e de depois da descontinuidade epistemológica ocorrida entre os anos 1775-1825

Toda essa operação acontece no Lugar do nascimento do que é empírico, no caminho da Construção de representação nova. A operação vê o fenômeno a partir de um ponto de inserção do início de leitura da operação antes da disponibilidade do objeto cuja representação está em desenvolvimento e que, futuramente, poderá ser levada ao circuito das trocas.

O Lugar de nascimento do que é empírico compreende dois sub-espaços:

  • o Lugar desde onde se fala, no interior do domínio do Pensamento e da Língua;
  • e o Lugar do falado, no interior do domínio do Discurso e da Representação.

É parte da preparação para receber os resultados da articulação do pensamento com o impensado, encaminhando o resultado para o espaço das representações, no interior do domínio do Discurso e da Representação.

É assim que funciona o Princípio Dual de trabalho de David Ricardo.

2.      Segunda unanimidade pelo não uso: ‘Forma de produção’

A Forma de produção é o elemento central das operações sob o pensamento moderno. Nessa posição, a forma de produção tem também a natureza de um verbo, mas em um conceito totalmente diferente, que transcrevo abaixo:

“É preciso, portanto, 
tratar esse verbo como um ser misto, 
ao mesmo tempo 
palavra entre as palavras, 
preso às mesmas regras, 
obedecendo como elas às leis de regência e de concordância; 
e depois
em recuo em relação a elas todas, 
numa região que não é aquela do falado 
mas aquela donde se fala. 
Ele está na orla do discurso, 
na juntura entre aquilo que é dito 
e aquilo que se diz, 
exatamente lá onde os signos 
estão em via de se tomar linguagem.” 
As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas;
 Cap. IV – Falar; tópico III.  A teoria do verbo

Veja agora que esse verbo está postado na região ‘desde onde se fala’, um sub-espaço do ‘Lugar do nascimento do que é empírico’, e no interior do domínio do Pensamento e da Língua, onde a articulação com o impensado pode ter início para uma representação ainda não existente, – e não na região do falado, esta no interior do domínio do Discurso e da Representação. Foucault é preciso a esse respeito: ‘Ele está na orla do discurso, na juntura…’

Veja a página

Os dois conceitos filosóficos para o que seja Trabalho: o de Adam Smith e o de David Ricardo, de 1817

Nessa mesma página, mais embaixo, veja Comparações entre os dois princípios de trabalho, e a importância do princípio de trabalho de David Ricardo, segundo Michel Foucault.

A animação central da página Funcionamento… com o título ‘Diante do objeto’ descreve a operação de construção de uma representação para empiricidade objeto ainda não representada. Trata-se daquele objeto ainda indisponível em uma operação de troca já descrito nas duas possibilidades de leitura… etc.

Veja logo acima o item II.8.a.i especialmente o trecho:

  • para o segundo, a quantidade de trabalho permite fixar o valor de uma coisa,
    não apenas porque este seja representável em unidades de trabalho,
    mas primeiro e fundamentalmente
    porque o trabalho como atividade de produção
    é “a fonte de todo valor”.

Tudo o que está representado na página Funcionamento… na animação central ‘Diante do objeto’ está completamente fora do pensamento que pensa operações no cruzamento do que é dado e o que é recebido.

Toda a operação que acontece no caminho da Construção da representação está fora do modo como operações são vistas como fenômeno.

Mesmo quando diante de um modelo descritivo da produção que considere a Construção de representação, o analista supõe que se trata de um modelo que reza pela cartilha anterior, e segue pensando do modo como sempre pensou.

3.      Terceira unanimidade pelo não uso: ‘Análise da produção’

O pensamento clássico, aquele que dispunha da História natural, da Análise das riquezas e da Gramática geral, fazia a Análise das riquezas.

O pensamento moderno efetua em seu lugar, a Análise da produção, o que implica na inclusão do que acontece no caminho da Construção da representação nova para a empiricidade objeto. Como esse pensamento não é considerado em suas diferenças com relação ao clássico, a Análise da produção acaba sendo feita meio que sem consistência no pensamento.

  • modelos com estrutura clássica
    • o modelo descritivo de operações de produção de Elwood S. Buffa;
    • o Diagrama FEPSC(SIPOC)/Six Sigma;
    • os modelos na visão contábil-financeira:
      • de operações (Débito/Crédito)
      • e de organização (Ativo – Passivo – Resultados) ;

  • modelos com estrutura moderna
    • o modelo descritivo de operações de produção do Kanban;
    • o modelo expresso na Figura 7.1 – mapa da atividade semicondutores da Texas Instruments, do livro Reengenharia, de Michael Hammer;

Note que, visto mais de perto, e desde que com a perspectiva de procura de quais são as condições de possibilidade do pensamento, o modelo da Reengenharia é claramente um modelo moderno.

E ele sugere a disposição SSS – Simétrica, Simbiótica e Sinérgica que apresentamos explicitamente formulada, a seguir.

  • Funcionamento das operações em modelos feitos sob as configurações de pensamento de antes e de depois da descontinuidade epistemológica de 1775-1825;


  • Sistema Formulador – uma alteração no modelo de dados clássico de um SDGP – Sistema Dedicado à Gestão de Projetos  – como o MS Project 4.0 por exemplo, fazendo com que ele passe a funcionar a partir de banco de dados 9com a linguagem de uso) e com um modelo sim-discriminativo com relação ao elemento componente do objeto que se pretende concretizar.