O salto do pensamento para fora do espaço da representação

A partir de Ricardo,
o trabalho,
desnivelado em relação à representação,
e instalando-se em uma região
onde ela não tem mais domínio,
organiza-se segundo uma causalidade
que lhe é própria.

As palavras e as coisas:
uma arqueologia das ciências humanas;
Cap. VIII – Trabalho, Vida e Linguagem;
tópico II. Ricardo

Uma evidência ilustrativa do salto dado pelo pensmaento para fora do domínio da representação ao modelar a operação de construção de uma representação nova.

A partir do período após a descontinuidade epistemológica de 1775-1825 cessa o primado da representação. 

Isso não quer dizer que o pensamento doravante prescinda da representação.

Ela continua lá, necessária, imprescindível, apenas que a operação de construção de representações transcorre em espaços que estão fora do seu domínio, como a figura mostra.

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