slider-02 Funcionamento das operações de pensamento em cada entendimento (configuração)

Funcionamento das operações para cada configuração do pensamento
e segmento do espectro de modelos

operações simplificadas

Aquém do objeto

Operação de pensamento no período clássico, antes de 1775; simplificada

Diante do objeto

Operação de pensamento no período moderno, depois de 1825, no caminho da Construção da representação:
'modo de ser fundamental'
sim, muda; simplificada

 Além do objeto

Operação de pensamento no período moderno, depois de 1825, no caminho do Instanciamento da representação:
'modo de ser fundamental'
não muda; simplificada.

operações mais detalhadas

Aquém do objeto

Operação de pensamento no período clássico, antes de 1775;
visão mais completa

Diante do objeto

Operação de pensamento no período moderno, depois de 1825, no caminho da Construção da representação:
'modo de ser fundamental'
sim, muda; visão mais completa.

 Além do objeto

Operação de pensamento no período moderno, depois de 1825, no caminho do Instanciamento da representação:
'modo de ser fundamental'
não muda; visão mais completa.

Aquém do objeto;

  • sem espaço para o homem em sua duplicidade de papéis; 
  • elemento central Processo;
  • ‘Circuito das trocas’ (mercado) é o lugar onde ocorre a operação;
  • sistema: relativo de anterioridade ou simultaneidade das coisas entre si (Input-Output 
  • formulação reversível até imediatamente antes do instanciamento da representação; 
  • tempo calentário, ou tempo relativo.

Diante do objeto;

  • caminho da Construção da representação

Sistema correspondente a ‘essa maneira moderna de conhecer empiricidades‘ nas palavras de Foucault, 

    • com espaço para o homem em sua duplicidade de papéis; 
    • elemento central Forma de produção; 
    • ‘Lugar do nascimento do que é empírico’ é o espaço onde ocorre a operação
    • sistema absoluto com alteração no ‘modo de ser fundamental’ da empiricidade objeto da operação entre o antes e o depois da operação;
    • inclusão do resultado da operação – a representação recém construída – no Repositório de proposições explicativas formuladas de acordo com as regras da língua;
    • formulação irreversível até imediatamente antes do instanciamento da representação; 
    • tempo absoluto no sentido de não relativo. Tempo em que as coisas aconteceram no absoluto, como a isso se refere Foucault.

       

  • caminho do Instanciamento da representação

Sistema ainda correspondente a ‘essa maneira moderna de conhecer empiricidades, mas com uma característica importante:

    • ‘Circuito das trocas’ (mercado) é o espaço onde a operação transcorre;
    • o ‘modo de ser fundamental’ da empiricidade objeto da operação de instanciamento não muda. Isso torna a operação muito semelhante à operação no pensamento clássico, podendo até ser confundida com ele.

para Além do objeto

Operações de obtenção do objeto esperado e simultaneamente, a do instrumento (laboratório, Fábrica) requerido para essa obtenção.
Desenvolvimento de uma operação
SSS - Simétrica, Simbiótica e Sinérgica

Sistema com estrutura SSS – Simétrica, Simbiótica e Sinérgica, que opera no campo das ciências humanas, e funciona pelo relacionamento dos dois sistemas, o que tem como resultado o ‘produto’, ou objeto que interessa ao Cliente, ao mesmo tempo em que considera o sistema que tem como resultado o ‘benefício’, ou o objeto que interessa ao patrocinador das operações de produção, levando em conta dessa forma, o Nexo das operações.

A animação acima é feita tendo em mente a modelagem organizada pelo par sujeito-objeto, e procurando fugir ao pensamento mágico, aquela que pensa na obtenção do objeto esperado (produto) sem pensar, ou pensando de modo não discriminativo, no objeto (instrumento) capaz de obtê-lo no ambiente.

O tempo em operações no pensamento filosófico de antes e de depois da DE-1775-1825

O tempo em modelos de operações feitos nas configurações do pensamento:
clássico (antes de 1775) e moderno (depois de 1825)

Tempo sob o pensamento clássico, o de antes de 1775;
e sob o pensamento moderno, o de depois de 1825, nos caminhos da Construção e do Instanciamento da representação

Pensamento clássico, o de antes da descontinuidade epistemológica de 1775-1825:

O tempo em modelos de operações na configuração do pensamento:
clássico (o de antes de 1775)

tempo calendário, relativo
em operações feitas sob o pensamento clássico

Modo de ser fundamental de uma empiricidade objeto de operação em um dado ambiente e domínio é aquilo que permite que essa empiricidade objeto possa ser afirmada, posta, disposta e repartida no espaço do saber para eventuais conhecimentos e para ciências possíveis.

As palavras e as coisas:
uma arqueologia das ciências humanas;
Capítulo VII – Os limites da representação;
tópico I. A idade da história.

formulação da representação é reversível até o desencadeamento do seu instanciamento;

tempo relativo, calendário, nas operações de instanciamento da representação sob o pensamento clássico, com o deus Chronos

Pressuposto:

A existência precede a distinção

feita na operação

todas as coisas existem desde sempre e para sempre integrando o Universo.

a operação transcorre no interior do ‘Circuito das trocas‘, também conhecido como ‘Mercado‘, e no interior do domínio do Discurso e da Representação;

e trabalha exclusivamente com propriedades
não-originais e não-constitutivas das coisas.

o conceito ‘modo de ser fundamental‘ das empiricidades (veja ao lado esse conceito segundo Foucault) não muda durante a operação.

  • pensando desse modo, todas as propriedades das coisas existem antes, – e mesmo depois de todas as operações do mesmo modo que eram antes;
  • nesse modo de pensar operações não há interesse especial nas propriedades sim-originais e sim-constitutivas do que quer que seja, já que tudo é dado como pré-existente à operação;
  • a operação de construção de representação do que quer que seja não faz parte desta maneira de pensar;
  • a formulação de representação em uma dada operação limita-se à combinação de duas outras representações pré-existentes;
  • durante a formulação, o elemento central ‘Processo‘ é configurado usando elementos, -processos, tasks – encontrados no interior da categoria da ordem arbitrária que guarda similitude com o caráter das propriedades não-originais e não-constitutivas “aparências” definidoras do pacote de coisas chamado ‘Entradas’.

Então, sobre o tempo nessa operação:

  • a formulação desse tipo de operações é reversível;
  • dada a inserção calendário do evento (i) de início da operação de instanciamento da representação (r), previamente formulada, existem todas as propriedades dessa representação antes e depois da operação;
  • com base nessas informações disponíveis a qualquer tempo, é possível calcular a inserção calendário do evento (f) sabendo-se a inserção calendário do evento (i);
  • inversamente, com a inserção do evento (f) em uma posição calendário arbitrária é possível calcular a inserção calendário de (i).

O tempo assinalado pelos eventos de processo (i) e (f) recebe o nome de tempo relativo,ou tempo calendário por essa razão. Sempre existe um fator K que permite calcular a inserção calendário de um evento (i) ou (f) dada a inserção calendário do outro evento (f) ou (i).

Pensamento moderno, o de depois da descontinuidade epistemológica de 1775-1825:

O tempo em modelos de operações na configuração do pensamento:
moderno (o de depois de 1825), no caminho da Construção da representação

Tempo absoluto na operação de construção
de representação para empiricidade objeto nova

Modo de ser fundamental de uma empiricidade objeto de operação em um dado ambiente e domínio, é aquilo que permite que essa empiricidade objeto possa ser afirmada, posta, disposta e repartida no espaço do saber para eventuais conhecimentos e para ciências possíveis.

As palavras e as coisas:
uma arqueologia das ciências humanas;
Capítulo VII – Os limites da representação;
tópico I. A idade da história.

a formulação da operação de construção de representação é irreversível intrinsecamente, desde o primeiro momento após a decisão de construir representação nova para a empiricidade objeto, marcada pelo evento de objeto (i) – seta amarela para baixo na figura;

tempo absoluto – que marca aquele tempo em que as coisas aconteceram no absoluto, no dizer de Foucault;  na operação de construção de representação nova sob o pensamento moderno,com o deus Kairos.

Pressuposto:

A existência sucede a distinção

distinção feita na operação;

as coisas passam a existir tão logo o inarticulado, o indizível, o impensado, a visão o limite da estratégia, o horizonte do pensamento, ou qualquer outro nome para significar isso, ganhe suporte na experiência.

a operação transcorre no interior do
Lugar de nascimento do que é empírico‘, que nada tem a ver com o Mercado, ou Circuito onde ocorrem as trocas,

e no interior dos dois domínios:

  • do Pensamento e da Língua; e
  • do Discurso e da Representação;

e trabalha exclusivamente com propriedades sim-originais e sim-constitutivas das coisas, obtidas pelas buscas por origem, condições de possibilidade e de generalidade dentro de limites.

o conceito ‘modo de ser fundamental‘ das empiricidades (veja o conceito ao lado) sim, muda durante a operação, e é a própria evidência aparente do resultado com sucesso da operação que conseguiu definir a empiricidade objeto com propriedades originais e constitutivas, e ainda, com suporte na experiência..

  • pensando desse modo, todas as propriedades das coisas – empiricidades objeto – novas não existem,  antes de todas as operações (e por óbvio, também não existem no depois delas ao tempo de seu inicio, no evento (i) seta amarela para baixo;
  • o escopo precípuo da operação é justamente obter as propriedades sim-originais e sim-constitutivas da empiricidade objeto da operação, já que sob essa visão de mundo há múltiplas realidades;
  • operação de construção de representação para a empiricidade objeto desta operação é o principal objetivo desta maneira de pensar;
  • a formulação de representação em uma dada operação implica a busca por origem, condições de possibilidade e de generalidade dentro de limites, nesse domínio e nesse ambiente, para a empiricidade objeto da operação;
  • durante a formulação da operação, o elemento central ‘Forma de produção‘ é configurado com elementos de suporte na experiência (processos, tasks), desenvolvidos especialmente como resultado das operações de busca por origem, condições de possibilidade e de generalidade dentro de limites, ou ainda, recuperados quando encontrados no Repositório existente nesse ambiente;

Então, sobre o tempo nessa operação:

  • a formulação desse tipo de operações é irreversível;
  • dada a inserção calendário do evento (i) de início da operação de construção de representação nova, todas as propriedades dessa representação antes e depois da operação, sejam elas originais e constitutivas ou não, são inexistentes porque a própria representação não existe;
  • feita a decisão de construir representação nova para determinada empiricidade objeto, existe apenas uma arquitetura básica comum a todas as representações, composta por dois espaços, um para o ‘operar’ atribuído ao objeto em representação, e outro para o suporte na experiência para esse operar;
  • com base nessas informações disponíveis (nenhuma, a menos da arquitetura) é impossível calcular – tendo como base propriedades da representação inexistente – a inserção calendário do evento (f) sabendo-se a inserção calendário do evento (i);
  • inversamente, com a inserção de (f) – e mesmo supondo que a operação de construção da representação tenha sido realizada com sucesso – também é impossível calcular a inserção calendário de (i) porque o intervalo de tempo i-f depende das operações de busca por origem, condições de possibilidade e de generalidade dentro de limites, o que é completamente independente da representação construída.

  • Nota: (i) e (f) aqui representados pelas setas amarelas voltadas para baixo na figura, são eventos de início e fim da operação de construção da representação para a empiricidade objeto; totalmente distintos dos eventos também (i) e (f) mas dos processos de suporte na experiência à Forma de produção.

O tempo assinalado pelos eventos de processo (i) e (f) recebe o nome de tempo absoluto, ou como diz Foucault, trata-se daquele tempo em que as coisas aconteceram no absoluto. Nunca existe um fator K que permite calcular a inserção calendário de um evento (i ou f) dada a inserção calendário do outro evento (f ou i). Veja por que:

Quando posicionados em (i) exatamente no início da operação no caminho da Construção da representação, não existem propriedades da representação nova, e portanto não há elementos para cálculo da posição calendário do evento (f);

Quando posicionados em (f), ao final da operação de construção da representação para a empiricidade objeto sim, já existem todas as propriedades da representação, sejam as originais e constitutivas sejam as não-originais e não-constitutivas. Essas propriedades podem então ser usadas para uma estimativa da inserção calendário do evento (i) a partir da inserção calendário do evento (f), mas o resultado coincidirá com a posição calendário desse evento (i) apenas por uma formidável coincidência, porque o intervalo de tempo entre os eventos de objeto (i) e (f) depende das operações de busca por origem, condições de possibilidade e de generalidade dentro de limites, e nada têm a ver com propriedades da representação.

O tempo em modelos de operações na configuração do pensamento:

moderno (o de depois de 1825), no caminho do Instanciamento da representação

Tempo relativo na operação de Instanciamento de representação recuperada do Repositório.

Modo de ser fundamental de uma empiricidade objeto de operação em um dado ambiente e domínio, é aquilo que permite que essa empiricidade objeto possa ser afirmada, posta, disposta e repartida no espaço do saber para eventuais conhecimentos e para ciências possíveis.

As palavras e as coisas:
uma arqueologia das ciências humanas;
Capítulo VII – Os limites da representação;
tópico I. A idade da história.

a formulação da operação de instanciamento de representação de empiricidade objeto volta a ser reversível intrinsecamente; desde o primeiro momento após a decisão de instanciar representação pré-existente no Repositório, marcada pelo evento (i) – ícone raio na figura;

o tempo volta a ser relativo, tempo calendário – não marca mais  aquele tempo em que as coisas aconteceram no absoluto porque tudo o que havia para acontecer no tempo absoluto para essa representação em instanciamento já ocorreu antes que ela fosse acrescentada ao Repositório – na operação de instanciamento de representação recuperada do Repositório e a operação transcorre ainda sob o pensamento moderno, mas desta vez com o deus Chronos.

Pressuposto:

A existência sucede a distinção

feita na operação;

Porém durante a operação de instanciamento de representação, que pressupõe a recuperação dessa representação anteriormente construída, desde o Repositório existente nesse domínio e ambiente, não haverá qualquer alteração no ‘modo de ser fundamental’ para essa empiricidade objeto em instanciamento e a operação transcorre toda no interior do ‘Circuito das trocas‘, ou no âmbito do famoso (Mercado), 

Isso se dá no interior do domínio único 

  • do Discurso e da Representação;

e pode lidar exclusivamente com propriedades não-originais e não-constitutivas das coisas; ou ainda, lidar com as propriedades originais e constitutivas, caso a operação de instanciamento seja organizada com a estrutura moderna de pensamento.

o conceito ‘modo de ser fundamental‘ das empiricidades (veja o conceito ao lado) não muda durante a operação de instanciamento, e ao final da operação, a empiricidade objeto tem exatamente o mesmo ‘modo de ser fundamental’ que tinha ao ser incluída no Repositório, do qual foi recuperada.

  • pensando desse modo, todas as propriedades da empiricidade objeto da operação de Instanciamento sim, existem,  antes e depois da operação, porque não se alteram com esta;
  • e o escopo precípuo da operação é obter a empiricidade objeto da operação, instanciada, e disponível para tratamentos posteriores, inclusive submissão ao Mercado;
  • a formulação de operação de Instanciamento é reversível, porque é feita pela seleção da representação da empiricidade objeto a partir do Repositório;
  • durante a formulação, o elemento central ‘Forma de produção‘ é configurado com elementos de suporte na experiência (processos, tasks), desenvolvidos especialmente como resultado das operações de busca por origem, condições de possibilidade e de generalidade dentro de limites, ou ainda, encontrados no Repositório existente nesse ambiente;

Então:

  • dada a inserção calendário do evento (i) de início da operação de construção de representação nova, existem todas as propriedades dessa representação antes e depois da operação, sejam elas originais e constitutivas ou não;
  • feita a decisão de instanciar representação para determinada empiricidade objeto, ainda existe uma arquitetura básica comum a todas as representações, composta por dois espaços, um para o ‘operar’ atribuído ao objeto, e outro para o suporte na experiência para esse operar; apenas que esses dois domínios estão preenchidos pelos elementos da representação;
  • com base nessas informações disponíveis (todas as possíveis) é novamente possível calcular – tendo como base propriedades da representação existente – a inserção calendário do evento (f) sabendo-se a inserção calendário do evento (i); (de modo semelhante ao que ocorria no pensamento clássico)
  • inversamente, com a inserção de (f) – e mesmo supondo que a operação de instanciamento da representação tenha sido realizada com sucesso – também é possível calcular a inserção calendário de (i) porque o intervalo de tempo i-f depende, agora, do funcionamento dos elementos de suporte na experiência da Forma de produção,  o que é completamente dependente das propriedades da representação em instanciamento.

O tempo assinalado pelos eventos de processo (i) e (f) recebe o nome de tempo relativo, ou tempo calendário. Sempre existe um fator K que permite calcular a inserção calendário de um evento (i ou f) dada a inserção calendário do outro evento (f ou i).

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    5.2 A segunda sintaxe: a que autoriza a manter juntas as palavras e as coisas

    A segunda sintaxe: a que autoriza a manter juntas,
    ao lado e em frente umas das outras, as palavras e as coisas

    A sintaxe que organiza os objetos análogos criados pelo método Analise
    e os posiciona uns em relação aos outros, em uma hierarquia, com o método Síntese.

    Praticamente não existe representação para empiricidade objeto que seja representável por um único objeto análogo.

    Representações são o resultado dos princípios organizadores Analogia e Sucessão utilizando os métodos Análise e Síntese. 

    O objeto composto ‘Sucessão de analogias’ referido por Foucault, ilustra os efeitos dos princípios organizadores Analogia e Sucessão por meio dos métodos Análise e Síntese.

    “De sorte que se vêem surgir, como princípios organizadores desse espaço de empiricidades,

    • a Analogia
    • e a Sucessão:

    de uma organização a outra, o liame, com efeito, não pode mais ser a identidade de um ou vários elementos, mas a identidade da relação entre os elementos (onde a visibilidade não tem mais papel) e da função que asseguram; ademais, se porventura essas organizações se avizinham por efeito de uma densidade singularmente grande de analogias, não é porque ocupem localizações próximas num espaço de classificação, mas sim porque foram formadas uma ao mesmo tempo que a outra e uma logo após a outra no devir das sucessões. Enquanto, no pensamento clássico, a seqüência das cronologias não fazia mais que percorrer o espaço prévio e mais fundamental de um quadro que de antemão apresentava todas as suas possibilidades, doravante as semelhanças contemporâneas e observáveis simultaneamente no espaço não serão mais que as formas depositadas e fixadas de uma sucessão que procede de analogia em analogia. A ordem clássica distribuía num espaço permanente as identidades e as diferenças não-quantitativas que separavam e uniam as coisas: era essa a ordem que reinava soberanamente, mas a cada vez segundo formas e leis ligeiramente diferentes, sobre o discurso dos homens, o quadro dos seres naturais e a troca das riquezas. A partir do século XIX, a História vai desenrolar numa série temporal as analogias que aproximam umas das outras as organizações distintas. É essa História que, progressivamente, imporá suas leis à análise da produção, à dos seres organizados, enfim, à dos grupos lingüísticos. A História dá lugar às organizações analógicas, assim como a Ordem abria o caminho das identidades e das diferenças sucessivas.

    Mas vê-se bem que a História não deve ser aqui entendida como 

    • a coleta das sucessões de fatos, tais como se constituíram;

    ela é

    • o modo de ser fundamental das empiricidades,

    aquilo a partir de que elas são afirmadas, postas, dispostas e repartidas no espaço do saber para eventuais conhecimentos e para ciências possíveis.”

    As palavras e as coisas:
    uma arqueologia das ciências humanas;
    Capítulo VII – Os limites da representação;
    tópico I. A idade da história

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      5.1 A primeira sintaxe: a que autoriza a construção das frases

      A descrição feita por Michel Foucault dessas duas possibilidades simultâneas de leitura da operação, e de posicionamento do pensamento com relação a análise de valor

      a extensão e abrangência dessas leituras em termos do fenômeno modelado

      Veja aqui a descrição feita por Michel Foucault de duas possibilidades de leitura abertas para o pensamento, simultaneamente, para entender operações e valor a partir da linguagem, e a primeira sintaxe mostrada a seguir.

      A primeira sintaxe: a que autoriza a construção das frases

      visão de conjunto da primeira sintaxe, a da construção de frases

      Preposições: Enunciativa, Explicativa e Instanciativa,
      no modelo de operações do pensamento moderno

      no pensamento filosófico clássico, antes de 1775

      A sintaxe na operação, sob o pensamento clássico

      Estamos no pensamento clássico, o de antes de 1775.

      Aqui, no dizer de Foucault no Prefácio do ‘As palavras e as coisas’, a linguagem encontra-se secretamente solapada.

      Há aqui a suspeita de que os modelos de operações estão expostos ao perigo maior:

      • maior do que a desordem produzida pelo incongruente e pela aproximação do que não convém;
      • seria a desordem que faz cintilar um grande número de ordens possíveis na dimensão sem lei nem geometria do heteróclito.

      e importa entender esta palavra ‘heteróclito’ no sentido mais próximo de sua etimologia: as coisas aí são “deitadas “, “colocadas “, “dispostas” em lugares a tal ponto diferentes, que é impossível encontrar-lhes um espaço de acolhimento, definir por baixo de umas e outras um lugar comum.

      pensamento filosófico moderno, o de depois de 1825,
      no caminho da Construção da representação

      Efeitos da sintaxe que autoriza a construção das frases

      antes do início da operação: proposição enunciativa

      Proposição Enunciativa da representação em construção
      antes do início da operação de construção da representação.

      Estamos no pensamento moderno, o de depois de 1825, e portanto após a descontinuidade epistemológica de 1775-1825 assinalada por Michel Foucault.

      Modelos sob esta configuração do pensamento são organizados sob ordem única: a das regras da linguagem tendo como bloco padrão genérico e fundamental para construção de representações a proposição.

      O perfil de conceitos sob essa ordem e nessa forma de reflexão instaurada, é:

      • referencial: a utopia do pensamento ainda não articulado;
      • princípios organizadores: Analogia e sucessão;
      • métodos: Análise e Síntese.

      Antes do início da operação no caminho da Construção da representação todas as propriedades originais e constitutivas da representação em construção ainda não existem.

      Nessa situação a sintaxe que autoriza a construção de frases somente pode construir uma proposição enunciativa da operação, já que os elementos de suporte na experiência à Forma de produção não existem.

       

      ao final com sucesso da operação: proposição explicativa

      Proposição Explicativa do operar requerido pela representação em construção no caminho da Construção da representação

      Com o sucesso da operação de construção da representação, depois da operação, todas as propriedades da representação construída, sejam elas as originais e constitutivas, sejam as “aparências” passam a existir.

      A representação da empiricidade objeto da operação que acaba de ser construída, se aceita como boa para representá-la, é acrescentada ao Repositório de proposições explicativas da experiência, formuladas de acordo com as regras da linguagem.

      A sintaxe que autoriza a construção de frases acaba de formular uma proposição explicativa do operar requerido para a empiricidade objeto.

      no pensamento filosófico moderno, depois de 1825,
      no caminho do Instanciamento da representação

      indiferentemente, tanto antes ou depois da operação: proposição instanciativa

      Proposição Instanciativa de representação previamente existente no Repositório de proposições explicativas formuladas de acordo com as regras da língua.

      O pré-requisito para a operação de instanciamento de representação da empiricidade objeto é que tal representação existe no repositório de proposições explicativas formuladas de acordo com as regras da linguagem.

      A primeira providência então é questionar o repositório quanto a esse fato, e caso positivo, recuperar a representação adequada.

      Assim que recuperada do repositório para instanciamento, a representação se apresenta com todas as suas propriedades, originais e constitutivas ou “aparências”.

      Assim, essas propriedades existem imediatamente antes do ponto de início da operação de instanciamento, e nesse instante, existem também para o instante de fim da operação de instanciamento – caso esta tenha sucesso.

      Não há alteração no ‘modo de ser fundamental’ da empiricidade objeto no caminho do Instanciamento da representação.

      A sintaxe que autoriza a construção de frases acaba de formular uma proposição instanciativa.

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        Propriedades emergentes – Fluxo ou Permanência –
        e elementos principais das operações em função do perfil do pensamento

        Propriedades emergentes em cada modelo de operações
        e elementos de imagem principais

        Propriedade emergente do modelo de operações no pensamento clássico, o de antes de 1775
        no interior do Circuito das trocas (Mercado)

        Modelo de operação clássico sobre o sistema Input-Output
        propriedade emergente Fluxo
        Ideias importantes nesse modelo clássico
        • formulação da operação é reversível até o desencadeamento do evento (i):
        • domínio do Discurso e da Representação
        • tempo nessa operação é calendário, no sentido de tempo relativo:
        • operação transcorre no interior do Circuito das trocas(mercado):
        • propriedade emergente FLUXO:
        • (a) e (b) são representações pré-existentes;
        • Ordem arbitrária selecionada ou um sistema de categorias;
        • Circuito das trocas: indicado pela chave amarela;
        • (r) é uma representação combinação de (a) e (b);
        • Propriedades não-originais e não-constitutivas ou “aparências” todas existentes antes da operação.
        • não existe a noção de objeto definido por propriedades originais e constitutivas;
        • não existe a noção de sujeito uma vez que todas as coisas são pré-existentes desde sempre e para sempre.

        Propriedades emergentes dos modelos de operações no pensamento moderno, o de depois de 1825

        no caminho da Construção da representação,
        no interior do Lugar do nascimento do que é empírico

        • formulação da operação é irreversível desde o início da operação de construção da representação:
        • domínios do Pensamento e da Língua e do Discurso e da Representação:
        • tempo nessa operação é absoluto, no sentido de não ser um tempo relativo (deus Kairós):
        • operação transcorre toda no interior do Lugar de nascimento do que é empírico:
        • propriedade emergente é PERMANÊNCIA (da representação no Repositório)
        • Pensamento não articulado, visão, 
        • Lugar de nascimento do que é empírico
        • Forma de produção e elementos de suporte
        • Coleção de analogias organizadas por Sucessão

         

        • Sujeito da operação – homem no seu 1º papel de raiz de toda positividade;
        • Objeto da operação em dois estados sucessivos
        • Propriedades originais constitutivas nos 2 estados
        Modelo de operação moderno, no caminho da Construção da representação
        Ideias importantes nesse modelo moderno
        no caminho da Construção da representação

        no caminho do Instanciamento da representação,
        novamente no interior do Circuito das trocas (Mercado)

        Modelo de operação moderno, no caminho
        do Instanciamento da representação
        Ideias importantes nesse modelo moderno
        no caminho do Instanciamento da representação
        • formulação da operação de instanciamento é reversível novamente:
        • domínio do Discurso e da Representação:
        • tempo nesta operação de instanciamento volta a ser relativo, calendário:
        • operação transcorre toda no interior do Circuito das trocas:
        • propriedade emergente volta a ser FLUXO:
        • Circuito das trocas
        • Busca por origem, possibilidade, generalidade, limites
        • Propriedades originais, etc. bem como “aparências”
        • Repositório de proposições explicativas formuladas de acordo com as regras da língua com a representação objeto de instanciamento antes da operação.

        3. Os caminhos (e alterações de rota) de Humberto Maturana
        em De Máquinas e de seres vivos

        Os caminhos (e alterações de rota) de Humberto Maturana Romesin

        objeções e propostas de Maturana: resposta de Varela a críticas recebidas

        A pedra fundamental do pensamento de Maturana:

        No final dos anos 1950, bem no início do seu trabalho, Maturana fazia:

        • objeções ao ‘fazer’ dos pesquisadores em IA do MIT do final dos anos 1950;
        • propostas de alterações na modelagem dos fenômenos biológicos.

        Vinte anos depois,  Francisco Varela considerava procedentes algumas das críticas recebidas ao seu trabalho conjunto com Maturana, a autopoiese.

        A formulação do pensamento, feita por Humberto Maturana

        A Figura 2 Diagrama ontológico
        ou O explicar e a experiência,
        de Humberto Maurana

        Esta é a Figura 2 de Maturana, que utilizamos como uma plataforma de exposição das imagens que construímos para alguns conceitos encontrados no ‘As palavras e as coisas’.

        Ela está em:

        • Figura 2 – Diagrama ontológico no capítulo Reflexões epistemológicas do livro Cognição, Ciência e Vida cotidiana; e ainda
        • Figura 2 – O Explicar e a experiência, no capítulo Linguagem, Emoções e Ética nos afazeres políticos do livro Emoções e Linguagem na Educação e na Política; (conforme original de Maturana).

        Vamos usar essa figura para mostrar as paletas de ideias ou elementos de imagem requeridos para modelagem das operações de um e de outro lado da figura de acordo com o entendimento adotado, ou a episteme utilizada pelo pensamento

        Objeções 

        Operação na Figura 2 – LE-pensamento clássico:
        sistema relativo de anterioridade ou simultaneidade
        das coisas entre si

        Objeções de Maturana ao 'fazer'
        dos pesquisadores em AI
        do MIT de sua época

        As objeções
         feitas por Maturana,
        bem no início do seu trabalho,
        ao modo como os pesquisadores em IA do MIT
        faziam seus modelos
        – inspirados nos modelos biológicos –
        pelo que eles mesmos diziam, segundo Maturana,
        são fundamentadas
        no modo como funciona o pensamento filosófico clássico,
        o de antes da descontinuidade epistemológica
        ocorrida entre 1775 e 1825
        no relato de Michel Foucault.

        Por favor veja isso na animação:

        Propostas

        Operação na Figura 2 – LD – pensamento moderno:
        sistema absoluto de articulação do impensado
        com um objeto análogo passível de representação.

        Propostas de Maturana para correção
        do que ele via como um erro de modelagem

        Ao mesmo tempo,
        as propostas
        que ele fez nesse início do seu trabalho,
        para resolver esse problema
        são totalmente consistentes com o pensamento de David Ricardo, um pensador marcadamente de depois desse evento fundamental em nossa cultura.

        Os dois blocos do ‘dizer’ de Maturana
        na operação de Explicar com Reformular, no lado direito da figura, um para o Operar e outro para o Suporte ao operar, correspondem à mesma separação que 
        David Ricardo
        fez e incorporou ao seu

          Princípio Dual de Trabalho, de 1817.

         

        Note que a formulação feita para Trabalho por Ricardo é claramente construtiva e também faz a separação entre dinâmica e suporte à dinâmica –
        os dois blocos imaginados por Maturana.

        Veja em Conceitos homônimos mas com significados diferentes

        o ponto 0.0 As duas leituras do fenômeno ‘operações’ e respectivas possibilidades de análise de valor.

        Verá que essa visão de Maturana que dava sustentação às propostas que fazia para alterações que ele via necessárias nos modelos de então tem sustentação na segunda leitura de ‘operações’, na qual o ponto de inserção da análise está situado antes da disponibilidade dos objetos dado e recebido na troca. 

        Análise de críticas à autopoiese, feitas por Francisco J. G. Varela

        críticas à autopoiese aceitas e comentadas
        por Francisco J. Garcia Varela

        Entretanto há algo surpreendente
        no livro

        ‘De máquinas e de seres vivos:
        Autopoiese – a Organização do vivo;

        Prefácio à segunda edição;
        tópico: Além da autopoiese;

        sub-tópico: Enacção e cognição,
        de autoria de Francisco Varela.

        A surpresa está em que
        entre as críticas à autopoiese que Francisco Varela
        aceita como procedentes
        está a que afirma que a autopoiese
        tem formulação fraca,
        explicando ele, que a formulação 
        é dada por fraca porque é não-construtiva, problema que seria resolvido futuramente pelo desenvolvimento então em curso denominado Enacção.

        Mas a formulação construtiva é requerida desde as propostas de solução dos problemas percebidos, por Maturana.

        comentários

        O que terá acontecido com
         
        – o bloco do Operar e o bloco do Suporte ao operar 
         no interior da operação de Explicar com Reformular ;

         e,  agora na própria representação
        da empiricidade objeto da modelação

        o Ser vivo no caso de Maturana,

         com os dois domínios,
         
        – o domínio do Operar, na representação,
        correspondente ao bloco do Operar
        na operação de Explicar com Reformular

        – e o domínio do Suporte ao operar, na representação,
        correspondente ao Bloco do Suporte ao operar
        na operação de Explicar com Reformular
        imaginados por Maturana?

        Este é um dos modos de ver a pergunta
        que este estudo pretende responder
        com a ajuda de Michel Foucault.

        Comentários

          2. Imaginação e Conceituação: relação reversível entre
          textos – imagens – ocorrências no espaço-tempo.
          Imagens tradicionais e técnicas, classes de abstrações
          segundo Vilém Flusser em Filosofia da caixa preta

          Imaginação e Conceituação: funções humanas reversíveis
          no caminho [Ocorrências no espaço-tempo] - [Imagens] - [Textos]

          vilem
          Vilém Flusser 1920-1991

          Imaginação e Conceituação são propriedades humanas reversíveis com as quais codificamos e decodificamos imagens e textos para ocorrências no espaço-tempo x, y, z e t: imaginação, imagens, conceituação, textos, e as imagens técnicas (com conceituação especial), aquelas imagens produzidas por aparelhos; segundo Vilém Flusser

          O circuito ida e volta possibilitado por funções
          Imaginação e Conceituação reversíveis

          A interpretação dos nossos textos precisa levar-nos de volta às imagens das quais provieram, e estas, as imagens, quando decodificadas, devem nos levar à ocorrência no espaço-tempo que representam.

          Se isso não ocorrer, estaremos diante:

          • da idolatria

          – o uso de imagens que, quando decodificadas, não mais recuperam as respectivas ocorrências espacio-temporais, e

          • da textolatria,

          – o uso de textos que continuam em uso mesmo que, quando decodificados, são incapazes de reconstituir as imagens das ocorrências no espaço-tempo a que deveria corresponder.

          Vamos utilizar como método as recomendações de Vilém Flusser, para – com a criação de imagens relacionadas a conceitos de Foucault encontrados no ‘As palavras e as coisas’ permitir a compreensão do conceito pela redução do alto grau de abstração que ele apresenta enquanto texto.

          Você pode ver o efeito dessa medida – como exemplo – nos seguintes conceitos existentes tanto sob o pensamento clássico quanto no moderno:

          • as duas leituras do fenômeno ‘operações’ e respectivas possibilidades de análise de valor;
          • conceito para o que seja um Verbo’;
          • conceito para o que seja ‘Classificar’;
          • os dois papéis atribuídos ao homem sob o pensamento moderno, e ausência deles no clássico;
          • os dois tipos de reflexão característicos do pensamento clássico e do moderno;
          • as duas sintaxes envolvidas na construção de representações novas sob o pensamento moderno;
          • os dois conceitos para História;
          • os dois modos de carregamento de valor pela ‘proposição’, segundo as possibilidades de leitura. 

          Imagens
          tradicionais

          As imagens tradicionais

          Imagens
          técnicas

          As imagens técnicas

          Classes
          de abstrações

          classes de abstrações:
          Graus da abstração;
          Dimensões próprias a cada caso
          Seu comentário, por favor

            As paletas de ideias – ou elementos de imagem – requeridas
            pelos modelos de operações em cada configuração do pensamento

            As paletas de ideias - ou elementos de imagem - em cada configuração do pensamento, antes e depois da Descontinuidade Epistemológica de 1775 a 1825

            A paleta de ideias - ou elementos de imagem - para a configuração do pensamento clássico, o de antes da Descontinuidade Epistemológica de 1775 a 1825

            Paleta de ideias - ou elementos de imagem - no modelo de operação
            do pensamento clássico, para a configuração do pensamento
            de antes da DE-1775-1825

            A paleta de ideias - ou elementos de imagem - para a configuração do pensamento moderno, o de depois da Descontinuidade Epistemológica de 1775 a 1825 - no caminho da Construção da representação

            Paleta de ideias - ou elementos de imagem - no modelo de operação
            do pensamento moderno caminho da Construção da representação,
            para a configuração do pensamento de depois da DE-1775-1825

            A paleta de ideias - ou elementos de imagem - para a configuração do pensamento moderno, o de depois da Descontinuidade Epistemológica de 1775 a 1825 - no caminho do Instanciamento da representação

            Paleta de ideias - ou elementos de imagem - no modelo de operação
            do pensamento moderno caminho do Instanciamento da representação,
            para a configuração do pensamento de depois da DE-1775-1825
            Comentários

              Sistema Formulador

              Sistema Formulador

              um exemplo de projeto de um sistema de gestão situado na faixa do espectro de modelos
              diante do objeto, isto é, organizado pelo par sujeito-objeto dando lugar a modelos  COM a possibilidade de fundar as sínteses (da empiricidade objeto em modelagem) no espaço da representação. 

              O sistema pode gerar a partir de um repositório de proposições explicativas da experiência formuladas de acordo com as regras da linguagem, um modelo de instanciamento de um objeto qualquer, usando um modelo do objeto análogo completo, ou a Sucessão de Analogias, obtido da operação de Construção da representação (projeto) para esse objeto.

              O que é o Sistema Formulador

              • tomamos um SDGP – Sistema Dedicado à Gestão de Projetos, o Microsoft Project 4.0 como editor de ideias ou elementos de imagem envolvidos na proposição que enuncia a operação de produção;
              • criamos em banco de dados os elementos intervenientes na formulação de cada proposição em formato que o MS Project ‘entenda’;
                • QUEM – o Sujeito de cada proposição, um dos elementos componentes de uma estrutura da organização;
                • o predicado do sujeito:
                  • COMO – a forma de produção desenvolvida para obter um determinado objeto, pertencente a uma coleção de Formas de produção requeridas pelo objeto em produção como um todo;
                  • O QUE – a coleção de objetos análogos, ou a representação do objeto análogo composto necessário para concretizar um objeto qualquer, mais complexo, como costuma acontecer com objetos reais, que passa a fazer parte de uma coleção de estruturas analíticas, ou árvores de produto de objetos realizados nesse ambiente;
              •  tem uma unidade lógica que reúne as proposições formuladas com esses elementos, uma para cada componente do objeto análogo, ou cada linha da coleção de objetos análogos cuja operação de produção está sendo criada (a estrutura analítica O QUE)faz isso sobre o mesmo repositório de informações em banco de dados de que o Microsoft Project 4.0 dispõe.

              O Microsoft Project abre a partir do banco de dados o modelo gerado sistematicamente pelo Sistema Formulador.
              Tudo se passa como se a estrutura relacional de banco de dados do Microsoft Project 4.0 tivesse sido alterada para outra estrutura, esta, agora consistente com a estrutura conceitual do pensamento filosófico moderno

              O funcionamento de operações no pensamento do período clássico, com o elemento central 'Processo'
              sem espaço para o sujeito, e sem espaço para o objeto definido por suas propriedades sim-originais e sim-constitutivas.
              Modelo relacional de dados do Microsoft Project 4.0
              consistente com o modelo de operações clássico
              sem espaço em sua estrutura para o objeto,
              e também sem espaço para o sujeito

              Este sistema – Projeto Formulador – é uma proposta de desenvolvimento de um sistema gerenciador de projetos de acordo com a estrutura conceitual com a possibilidade de fundar a síntese do próprio objeto do projeto no espaço da representação.

              O Sistema Formulador foi construído sobre o Microsoft Project 4.0 mas poderia ser atualizado para qualquer versão posterior.
              Consiste na alteração do modelo de dados de um SDGP – Sistema Dedicado a Gestão de Projetos – neste caso, como dito, utilizamos o Microsoft Project 4.0.

              O Microsoft Project 4.0 é um sistema construído sobre a estrutura conceitual do pensamento clássico, e portanto SEM a possibilidade de fundar as sínteses do seu objeto, no espaço da representação.

               Com esse modelo de dados, a estruturação do modelo fica a cargo do operador, sem suporte do sistema.

              Criamos em banco de dados as entidades necessárias para modelar a proposição que enuncia, depois explica e finalmente instancia o objeto do projeto. Usamos toda a funcionalidade do SDGP para cálculos, criação de redes de precedências, etc. mas antes disso, geramos em banco de dados os modelos da construção e instanciamento do objeto do projeto.

              Funcionamento

              Operação de instanciamento

              A operação de instanciamento de empiricidade objeto
              que o módulo central do Sistema Formulador sistematiza
              Módulo central do sistema experimental SFV201-Formulador
              com operações formuladas no formato de uma Proposição

              Usando o próprio Microsoft Project como sistema editor de componentes, completamos seu modelo em um banco de dados como o Access, ou SQL, e criamos nesse banco de dados externo:

              •  QUEM (Sujeito): o elemento lógico que reúne a coleção de Sujeitos das Formas de produção, que integram a estrutura administrativa no ambiente e domínio em que as operações acontecem.
              • Predicado do sujeito:
                • O QUE (atributo): o modelo do objeto análogo composto, a Sucessão de Analogias ou a árvore de produto, ou ainda a EAN – Estrutura Analítica para o objeto do projeto;
                • COMO(Forma de produção ou Verbo): criamos as Formas de produção necessárias para realizar os componentes do projeto integrantes da Sucessão de analogias em cada etapa;

              A operação – todas e qualquer uma, em todos os níveis – é formulada como uma proposição, com Sujeito e Predicado do sujeito, com todos os elementos presentes na estrutura do modelo como ideias e respectivos elementos de imagem.

              Esses elementos são colocados de modo organizado em um Repositório de informações, como palavras conhecidas nesse ambiente, de onde podem ser requisitados quando da formulação de cada proposição, isto é, da elaboração da estratégia de encaminhamento do projeto em gerenciamento.

              O sistema entra com a gramática dessa linguagem que reúne QUEM’s COMO’s e O QUE’s, gerando estruturadamente um texto que pode ser importado pelo Microsoft Project, que o reconhece como um modelo seu sem dificuldades. 

              Exemplo de modelo
              gerado sistematicamente pelo Sistema Formulador

              A figura ao lado mostra um modelo da operação de instanciamento de um objeto fictício – um cogumelo de jardim – gerado sistematicamente usando o sistema Formulador.

              Cada linha do modelo representa uma proposição completa com sujeito (que pode variar de linha para linha) e um predicado do sujeito, composto por uma forma de produção recuperada de um repositório criado em banco de dados, e um atributo, um componente do objeto que está sendo instanciado.

              modelo de operação de instanciamento de um objeto, gerado sistemáticamente pelo aplicativo a partir de banco de dados.

              Exemplos de componentes
              necessários para a formulação da proposição

              A Proposição

              o bloco construtivo padrão fundamental genérico
              oferecido pela gramática da língua para construção de representações
              formulado com elementos de imagem ou ideias integradas à estrutura operacional

              Sujeito

              Predicado do sujeito

              QUEM

              elemento integrante
              da comunidade de prática
              dedicada à obtenção
              dessa classe de objetos

              COMO

              Forma de produção recuperada do Repositório existente no domínio/ambiente
              em que a operação acontece

              O QUE

              Coleção de analogias logicamente organizadas, ou Sucessão de analogias com os elementos componentes 
              do objeto da operação

              Estrutura da organização: uma coleção de sujeitos respectivamente de cada uma das operações necessárias para a obtenção de cada um dos objetos análogos que compõem a Sucessão de Analogias; uma comunidade de prática dedicada à obtenção desta classe de produtos

              Forma de produção:
              para Elemento de Fixação do objeto Cogumelo

              o Repositório de proposições explicativas formuladas de acordo com as regras da língua contém uma coleção desses elementos, prontos e disponíveis para uso.

              Sucessão de analogias:
              ‘Árvore  de produto do objeto Cogumelo

              São três classes de elementos intervenientes na formulação de uma operação.

              O núcleo do Sistema Formulador toma a seleção com componentes específicos, indicados pelo operador, e formula sistematicamente, usando a gramática dessa ‘linguagem’, o modelo de operações para obtenção do objeto esperado.